Por: Bernardo Silva
Em que lugar os políticos colocam Deus quando estão numa campanha eleitoral como a que está em andamento? Parece que em lugar nenhum, tamanho é o nível de desfaçatez de uns e de despudor de outros. Com as exceções devidas à regra, mentem além do suportável e ainda se acham intocáveis, quando criam leis engessando a imprensa, que fica amordaçada, não podendo mostrar os podres daqueles que deveriam estar na cadeia, vendo o sol nascer quadrado, ao invés de estarem na TV, fazendo caras e bocas, pedindo mais um voto de confiança da população. Salvo raríssimas exceções, vê-se que neste tempo de campanha eleitoral são raros os que pensam em Deus antes de irem às ruas prometer. Alguns se acham, eles próprios, deuses imaculados.
Candidatos que já foram testados, tiveram oportunidade de fazer; em quem o povo já confiou dando-lhe vários mandatos, estes deveriam estar proibidos de ter nova chance. Sim, porque foram testados e não passaram no teste da competência e do compromisso com as causas coletivas. Por se acharem os próprios deuses, se esqueceram de Deus e de que foi Ele quem lhes possibilitou o mandato para aos outros ajudar, servir, construir, promover melhorias na vida da população necessitada. E ao invés disso meteram os pés pelas mãos, cuidando apenas dos seus interesses pessoais e do grupo que os acompanha, tornando seu, de sua família e de seus amigos, o que deveria ser de toda a coletividade.
Vocês pensam que a mentira os levará aonde? Que a enganação e o discurso demagógico vai fazê-los eternos e que nunca vai ser preciso prestarem conta com o Todo Poderoso, daquilo que foi feito da oportunidade que receberam? E se a morte chegar, de repente, com já chegou para alguns, estarão vocês espiritualmente preparados para olhar de frente os espíritos de luz, sem que a consciência lhes acuse de coisa alguma? Atentai bem! A vida é tão passageira que esta ambição de vocês, esta luta desenfreada, de “vale tudo”, pelo poder, parece imbecil, sem nexo.
E parece que os exemplos que a vida mostra não valem como lição. Os políticos presos, por roubarem demasiadamente, como se trouxessem no sangre o DNA da corrupção, não servem como exemplo. Os políticos, aqueles que também são ladrões contumazes, useiros e vezeiros da dissimulação para conquistarem o voto do povo, acham que nunca vai acontecer com eles, o que aconteceu com a turma presa em Curitiba. Que podem roubar e que sempre vão passar incólumes pelas garras da justiça. Ledo engano. Mais cedo ou mais tarde a vez de cada um desses bandidos chegará. E se a justiça humana falhar, e tem falhado muito nos tempos atuais, a justiça divina virá, implacável, sem apelações na 1ª ou 2ª instâncias.
Nós da imprensa, que somos vítimas da mordaça nestes tempos, apenas engolimos em seco, porque a revolta é grande. Mas vamos continuar, lutando pelo direito de manter nossa capacidade de nos indignar com a podridão disso tudo. A campanha eleitoral há de passar e a vida há de seguir. Os poderosos de agora, que manipulam as leis, amanhã poderão estar sem mandato, sem poder algum ou sem foro privilegiado, amargando apenas o seu ostracismo. E, quem sabe, no xadrez, como está o Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, e tantos outros empresários com cuja riqueza até bem pouco tempo eles achavam que compravam o mundo.
Portanto, políticos em geral, baixem a bola. Mais humildade. E, se couber, um conselho: Pensem em Deus!
