“Bolsonaro já morreu como candidato”, diz Marcos Coimbra

Marcos Coimbra

Fórum– O sociólogo Marcos Coimbra, fundador do Instituto Vox Populi, de pesquisas de opinião pública, afirmou em entrevista ao Fórum Café nesta sexta-feira (24) que, com base na evolução das pesquisas eleitorais, é possível afirmar que Jair Bolsonaro “já morreu como candidato”. Segundo o sociólogo, a margem constante de 20 pontos percentuais de frente de Lula sobre Bolsonaro na consolidação das pesquisas presenciais realizado pelo Vox Populi, praticamente decreta a derrota de Bolsonaro, “ainda mais a 100 dias das eleições” (marca a que se chegou na sexta).

“Bolsonaro já era”, disse Coimbra, e explicou: Lula vem mantendo, no resultado agregado de todas as pesquisas presenciais, desde maio de 2011, uma faixa de indicação de votos válidos para o primeiro turno ao redor de 50%, “o que lhe deixou sempre numa margem para ter expectativa de vitória já no primeiro turno”. Na agregação das pesquisas presenciais de maio e junho, essa faixa subiu para 53%, “praticamente fora da margem de erro”, o que indica que a vitória em primeiro turno é, nesta altura do processo, a hipótese mais provável. Enquanto Lula está consolidando-se com 53% das intenções de votos válidos, Bolsonaro, nos  dois meses, cravou 32% e 33%.

A pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira não fugiu à agregação das pesquisas: indicou 53% para Lula e 32% para Bolsonaro.

Segundo Coimbra, “em qualquer lugar do mundo, as mídias e os políticos considerariam uma eleição com esses números como fatura liquidada; no Brasil, entretanto, uma parte insiste em manter a ficção sobre ‘chances’ de Bolsonaro, com interesses muito concretos: banqueiros, o Centrão, grupos internacionais agitam esse fantasma para abocanhar fatias do Estado nos 90 dias antes do pleito”.

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