Covid-19: flexibilização de medidas restritivas e queda no número de casos, a pandemia acabou?

Nos últimos meses, os casos de Covid-19 e óbitos pela doença diminuíram significativamente no Piauí. Essa queda da pandemia levou à flexibilização de algumas medidas restritivas contra a Covid, como a não obrigatoriedade do uso de máscara.

Tantos passos à frente são sinais positivos, mas para os especialistas a pandemia ainda não acabou e é necessário seguir tomando muitos cuidados.

Nas ruas de Teresina, muitos ainda preferem continuar usando máscara (Foto: Ricardo Morais / OitoMeia)

“Não, a pandemia ainda não acabou. O vírus permanece circulando com alta prevalência em vários continentes, mas estamos em uma situação muito melhor”, disse Emídio Matos, pesquisador e membro do Centro de Operações Emergenciais (COE), em entrevista ao OitoMeia.

No Piauí, estado que lidera o ranking nacional de vacinação contra a Covid-19 com mais de 91% da população imunizada, a pandemia parece ter perdido forças. Os dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (Sesapi), apontam que quase não houveram casos confirmados da doença e óbitos nos últimos dias, mas se observada de uma distância maior, a pandemia ainda causa preocupação.

Só nessa segunda-feira (09/05), foram registrados mais de 10 mil casos novos de covid-19 no país e 59 mortes nas últimas 24h. Já no Piauí, apenas três casos novos da doença foram registrados e nenhum óbito. Essa diferença nos dados do Piauí e Brasil em geral reforçam a importância e eficácia das vacinas.

Ao OitoMeia, o infectologista Kelson Veras destacou que não é possível eliminar o vírus da Covid-19 e que os surtos da pandemia podem voltar se o número de vacinados diminuir.

“A redução do número de casos e mortes se deve a ampla vacinação da população. Não é possível eliminar o vírus da COVID. Ele permanecerá existindo e voltará a causar surtos e epidemias sempre que a quantidade de pessoas não vacinadas aumentar com o passar dos anos. Portanto, a orientação é vacinar-se de acordo com a recomendação das autoridades de saúde pública” disse o infectologista Kelson Veras”, explicou o infectologista Kelson. (OitoMeia)

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