Mais um ano de atraso para o Piauí

Por:Cláudia Brandão
Os efeitos de uma recessão econômica tão profunda e duradoura quanto esta que o país está vivendo não são sentidos todos de uma vez. As consequências se desdobram por um longo período, com reflexos diretos na vida da população.
Chamou a atenção ontem a fala do secretário de planejamento do Estado, Antônio Neto, na Assembleia Legislativa, ao dizer que, com a queda na arrecadação própria, o governo vai priorizar o pagamento da folha de pessoal no próximo ano. Os investimentos em obras, essenciais para gerar empregos e promover o desenvolvimento, ficarão à espera de algum financiamento externo.
É triste a realidade de um estado que mantém uma máquina pública pesada apenas para sustentar a folha de pagamento. Sem obras, o estado não cresce, a indústria da construção civil encolhe, o desemprego aumenta e o dinheiro deixa de circular, afetando também o comércio.
O Piauí há muito se ressente da falta de grandes obras estruturantes. Nem precisa lembrar o Porto de Luís Correia porque, depois de tanto tempo parado, este já virou até lenda. A duplicação das BRs, a construção de barragens, pontes e outras coisas indispensáveis ao estado ficam sempre à espera de um tempo que nunca chega, assim como o progresso com o qual sonhamos.

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