Marcelo Castro diz que pastores que pediram ouro poderiam estar empoderados por indicado de Ciro

Por Rômulo Rocha – Do Blog Bastidores

O presidente da Comissão de Educação (CE) do Senado Federal senador Marcelo Castro (MDB) disse durante a audiência para ouvir o presidente do FNDE Marcelo Lopes da Ponte que pastores poderiam ter aval do ministro [ex-ministro da Educação Milton Ribeiro]  e até do próprio indicado de Ciro Nogueira, no caso o próprio Ponte, nos encontros em que estivessem também presentes prefeitos brasileiros.

“Mas senhor Marcelo [Ponte], se vossa senhoria me permite, esse não é o padrão [tirar foto com autoridade e tentar mostrar influência nas bases de que é amigo do ministro]. O padrão era o ministro se reunir com os prefeitos, ou no ministério ou nas cidades que ele visitava, e discursava muitas vezes ladeado de vossa senhoria, quase sempre ladeado dos dois pastores [Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de tráfico de influência e que teriam pedido ouro para liberar verbas na pasta da Educação]”, disse. 

“Então vamos colocar o caso em si, em nós”, continuou Castro. “Eu sou ministro e falo com um amigo meu aqui do lado, o outro do outro lado, depois esses amigos que estão lá participando da reunião vão conversar com os prefeitos. É claro, é óbvio que os prefeitos estão entendendo que eles estão empoderados pelo ministro. Se vossa senhoria estivesse presente também por vossa senhoria também”, falou.

“Só que são pastores que não são funcionário público, não exercem cargo comissionado, não têm função pública, são completamente impróprios e alheios à…”, deu continuidade à sua argumentação quando foi interrompido pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que acresceu: “e ninguém nos sabe definir o que eles [pastores] faziam na reunião, qual era o papel deles”.

Marcelo Castro retomou a palavra concordando com seu interlocutor. “Sim, porque eles eram convidados e participavam, pelo menos se não de todas, da maioria das reuniões. São as informações que chegam”, pontuou o parlamentar.

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