O contragolpe

Por:Arimatéia Azevedo
Eis que, de repente, o PMDB piauiense descobriu, somente ontem, que pode ter sido vítima de um conto. Na reunião, que seria um tanto secreta, mas que todos terminaram sabendo dos assuntos tratados, os peemedebistas que fizeram pacto de adesão ao governo, terminaram descobrindo que o partido foi logrado (ou lesado, como disse indelicado, mas afoito deputado), no afã de receber cargos e benefícios do governo, para, depois, quem sabe Deus, retribuir com apoio político nas eleições majoritárias de 2018. 
A conversa que vazou é que a insatisfação foi geral, porque os cargos que foram entregues ao partido não estão acompanhados daquela consistência que eles bem conhecem, o substancioso recurso financeiro que faz a alegria dos políticos em suas campanhas eleitorais. São cargos de segundo escalão, da administração indireta e as novas coordenações onde nem verba de custeio dá sinal de existir. O deputado Pablo Santos, por exemplo, assume uma fundação hospitalar onde a sua atribuição não vai além de ser um gestor do ‘Zé gotinha’, em campanhas de vacinação, comprovando o que a coluna antecipou, bem antes, de que as verdadeiras atribuições de saúde ficarão com o protegido do deputado Assis Carvalho, na Secretaria de Saúde. Da mesma maneira, o DER se encontra totalmente esvaziado, pois com ele concorrem fazendo a mesma coisa, até secretárias, como a de Turismo. Desventura também coube ao deputado João Madison, que pretendeu controlar o PCPR, um outro órgão sucateado e sem missão que justifique a ocupação pelos peemedebistas. Ou seja, quem pensou que iria enganar, descobriu-se totalmente sem as vetustas verbas que esperavam receber. As tais coordenadorias não tem orçamento e sequer cadeiras para seus gestores e as pencas de assessores sentarem. Alguém aí ouviu o galo cantar sem saber precisamente onde.

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