Toda unanimidade é burra

Por: Arimateia Azevedo
Faltando pouco mais de um ano para a eleição de 2018, bastou um texto publicado aqui e acolá, com opiniões de políticos e formadores de opinião avaliando a possibilidade ou não do ex-senador João Vicente Claudino sair candidato a governador, para que petistas e a base aliada fossem tomados por um rebuliço. O que demonstra que a base aliada do governador Wellington Dias não está tão segura assim para o embate eleitoral que se avizinha. Com toda a Assembleia Legislativa cooptada, praticamente sem um adversário político-eleitoral à altura (perdão, Robert Rios), a movimentação política causada pelo suposto lançamento de JVC fez lembrar a célebre frase do genial escritor Nelson Rodrigues, segundo a qual “toda a unanimidade é burra”. Porque, ainda segundo Nelson, “quem pensa com a unanimidade não precisa nem pensar”. De fato, se há toda essa unanimidade em relação ao nome de Wellington Dias ninguém precisaria nem pensar em outro nome. Mas, os que dormem e acordam pensando no governador já reeleito não tinham parado para pensar que nem tudo é unanimidade. Até antes de se ventilar qualquer nome para competir e contrapor-se ao projeto da reeleição, havia coisa que os aliados não confessavam nem ao padre, ajoelhado no confessionário. Os petistas acabaram descobrindo que não é bem assim toda essa unanimidade para reeleger sua excelência. Pois, a realidade mostra outra coisa. Porque no Piauí, como diria o Barão de Itararé, “a moral dos políticos é como elevador: sobe e desce”, o que faz com que se avise ao governador para ter cuidado com toda a gente com a qual mantém aliança. Hoje, aliada, amanhã, sabe-se Deus, lá o que será.

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