O nome da operação deflagrada nesta quarta-feira (20/03) pela Polícia Federal, “Boca Livre”, se deve ao fato de servidores públicos e empresários do ramo alimentício agirem de má fé com tamanha facilidade.
Segundo a PF, eles agiam da seguinte forma: as empresas combinadas participaram de um pregão presencial para a aquisição de merenda escolar que teriam repasses federais de recursos do PNAE e do Projovem.
Restritivo, o pregão eliminou concorrentes e beneficiou três empresas. Estas três, através de seus administradores, tiveram apoio de servidores da própria Seduc, pregoeiros. Teriam aumentado valor de alguns produtos para tirarem valores de até $ 300 mil.
Quem confirma é o delegado Reinaldo Camelo, chefe da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor). Foi ele quem comandou a entrevista coletiva sobre a operação. De acordo com o delegado, a fraude foi apurada após este pregão eletrônico, que ocorreu no final do ano de 2013, e foi finalizado em janeiro de 2014.
Após denúncias, a PF passou a investigar o caso em 2015. Ninguém foi preso, mas houve o pedido, que foi indeferido pela Justiça. A Operação “Boca Livre” cumpriu então 12 mandados de busca e apreensão. A Superintendente da Controladoria-Geral da União (CGU) no Piauí, Érika Lobo, informou que o esquema rendeu um montante de pouco mais de R$ 1,7 milhão aos investigados.
No início da tarde desta quarta o portal Gp1 divulgou uma matéria relatando os nomes que seriam das empresas investigadas, dos seus sócios e demais envolvidos. Segue a lista dos alvos da operação:
1-SP Comercial e Distribuidora LTDA e seu proprietário Sebastião Paulino
2-SR Distribuidora de Produtos e seu proprietário José Carlos de Carvalho
3-Futura Distribuidora;
4-Leovidio Bezerra Lima Neto;
5-Luiz Felipe de Alcântara Mendes Raulino;
6-Maria José Alcântara Viana;
7-Jucira Macêdo Lopes Reis;
8-José Carlos de Carvalho ;
9-Flávio Henrique Rocha de Aguiar;
10–Secretaria de Estado da Educação do Piauí.