Imprevidência permanente

Imagem relacionada

Por Arimatéia Azevedo

O Piauí é um estado de gestores permanentemente imprevidentes. Se chove pouco, como é a regra climatológica local, falta água nos períodos mais quentes do ano para abastecer a população e garantir atividades econômicas. Se se tem a dádiva da chuva, o excesso se torna um castigo, porque não temos infraestrutura que suporte maiores volumes de precipitações, tampouco meios para guardar a água que fará falta no período do ano em que chove pouco ou de há estiagem como uma rotina.

Como resultado de nossa incapacidade de lidar com situações climáticas adversas, mas não surpreendentes, dados os avanços da ciência meteorológica, somos sempre pegos de calças curtas quando de chuvas maiores, que produzem espetáculos de sofrimento e dor em populações mais carentes.

Mas tudo isso é pouco perto do que se verifica após a agudeza das cheias: não se tiram lições das tragédias e dos transtornos, não se adotam planos de obras hídricas e de drenagem, não se estabelecem protocolos para ações emergenciais, como planos de evacuação em caso de enxurradas, não se estabelecem planos de longo prazo para convivência com algo recorrente, os extremos climáticos que se abatem sobre nós ciclicamente.

Faz dez anos que o Piauí padeceu com uma super enchente.

Todos sabiam que iria se repetir, mas ninguém se moveu no rumo da prevenção.

Resultado: esse pesadelo reeditado está novamente entre nós

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *