Depois da mancada, Lula deu um beijo na ex-companheira
Bernardo Mello Franco
O Globo
A reconciliação de Lula e Marina Silva não eliminou todas as divergências que os dois acumularam nos últimos anos. No ato que selou a aliança, nesta segunda-feira, dia 12, o ex-presidente petista fez questão de criticar o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, sem lembrar que o afastamento da chefe do governo foi apoiado por Marina Silva.
— Lamentavelmente, houve um golpe neste país, uma acusação leviana a uma presidenta da República, e nós então estamos colhendo essa laranja podre — disse Lula, referindo-se à ascensão de Jair Bolsonaro.
SEM COMENTÁRIOS – Ao lado de Lula, a ex-ministra Marina Silva ouviu a crítica, mas preferiu não se manifestar a respeito.
Em 2016, a fundadora do partido Rede Sustentabilidade recomendou que os deputados da legenda votassem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que foi sua colega no Ministério de Lula. E na campanha seguinte, em 2018, Marina Silva disse não se arrepender da decisão.