Com as manifestações pró-Bolsonaro que estão interditando diversas rodovias no Brasil desde segunda-feira (31/11), incluindo a BR-316, próximo à Ponte Engenheiro Antônio Noronha, na Tabuleta, zona Sul de Teresina, o Piauí pode sentir falta de alguns produtos em breve, é o que alerta o presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (Sindicapi), Humberto Lopes.
Ao ser indagado pelo OitoMeia sobre quais seriam os principais problemas causados pelas paralisações no Piauí, Humberto Lopes apontou o desabastecimento de produtos, sobretudo o gás de cozinha que, segundo ele, antes mesmo dos atos, já estava com um problema logístico. A situação, no entanto, pode piorar.
“O grande problema nosso agora, no momento, tá sendo o gás. A gente já estava com falta de gás por problema operacional no porto, um navio não chegou em tempo e, quando chegou, foi ontem. Estávamos começando os preparativos pra restabelecer a normalidade e aconteceu esse bloqueio. Não estamos conseguindo carregar. Se isso permanecer hoje e amanhã com certeza o desabastecimento de gás é latente, não tem como evitar”, explicou Humberto Lopes.
De acordo com o presidente do Sindicapi, o estado também pode sofrer com a falta de medicamentos e alimentos.
“Nós temos vários problemas. Temos muitos caminhões parados, principalmente caminhão que vem do Sul e Sudeste do país. Isso pode nos causar falta de medicamentos, materiais médicos hospitalares, alimentícios…”, alertou.(Naiane Feitosa)