Já na primeira semana, o governo do presidente Lula (PT) começou fazer uma limpa no segundo escalão dos 37 ministérios. A chamada “desbolsonarização” da máquina pública federal já contabiliza quase 1.500 demissões de pessoas com vínculos com o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E é só o começo.

Lula no primeiro dia de despacho no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Os alvos são cargos de confiança em espaços de chefia. Embora a Casa Civil negue perseguição, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que houve checagem de vínculos políticos, partidários e ideológicos. Nesse processo, até as redes sociais dos servidores são checadas.
O ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa, que evita dar conotação política às demissões, avisou que ainda tem muita gente para cair fora do governo.
As demissões atingem o 2º escalão, logo abaixo dos ministros. São posições de confiança, cargos de natureza especial e antigos DAS 5 e 6. A sigla significa “direção de assessoramento superior”. Nos próximos dias, a caça do governo do Lula vai avançar para os DAS 3 e 4 e, ao longo das primeiras semanas de janeiro, atingirá todos os comissionados na gestão federal.
Quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República em janeiro de 2019, falou-se muito na “despetização” da máquina federal. Agora, Lula age da mesma forma.(Lupa1)