Por:Zózimo Tavares
O governador Wellington Dias chegou aos 100 dias do novo mandato sem novidades. Até aqui, ele tem cumprido uma agenda que é a cara de seus mandatos anteriores. As poucas tentativas de inovação que ele levou a cabo neste início de novo governo resultaram em tremendos vexames políticos.
A primeira delas foi quando quis eleger o novo presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM). Perdeu com dois candidatos. A derrota seguinte foi na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa. Por um erro de cálculo, ele bancou um candidato do governo e perdeu feio, expondo a sua bancada a um vexame desnecessário.
No campo administrativo, o governador levou os 100 primeiros dias fazendo sem fazer. Nomeou uma equipe interina para as principais secretarias. E assim tocou o governo até agora. Os problemas estouram a todo instante.
O projeto de reforma administrativa foi, enfim, encaminhado à Assembleia Legislativa. Mas, para o tamanho do barulho que foi feito ao longo desse tempo, trata-se de uma proposta tímida. Na prática, vai mudar somente os nomes de alguns órgãos. Mudança mesmo haverá apenas na previdência estadual.
Há que se destacar que o governo Wellington Dias, num raio de engenhosidade, conseguiu no Tribunal de Contas do Estado retirar do cálculo da Lei da Responsabilidade Fiscal as despesas com os inativos e pensionistas. Com isso, o Estado, que havia ultrapassado os limites da LRF para gasto com pessoal, conseguiu respirar. Mas já chegou ao limite prudencial outra vez.
É possível que o governo Wellington Dias ainda atravesse todo este primeiro semestre em dificuldades financeiras. Para isso, contribui também o quadro econômico nacional, marcado pela estagnação da economia e de grande aperto financeiro em Brasília.
De Wellington se espera, entretanto, mais rapidez na solução dos problemas, dado que ele tem vasta experiência política e administrativa.
