A primeira Executiva Estadual do PT foi eleita em encontro do partido realizado na antiga sede da Assembleia
Por:Zózimo Tavares
A Assembleia Legislativa realizou, ontem, sessão solene pelo transcurso dos 35 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). A homenagem foi proposta pelo deputado Fábio Novo (PT), líder do Governo. Seis oradores ocuparam a tribuna, dentre eles o governador Wellington Dias, a vice-governadora Margarete Coelho (PP) e a presidente regional do partido, senadora Regina Sousa.
A sessão solene foi aberta pelo deputado Flávio Nogueira Júnior (PDT) e a mesa de honra contou com a presença do senador Elmano Ferrer (PTB), do deputado federal Assis Carvalho (PT), da primeira vereadora eleita pelo PT no Piauí, Maria Luiza Alencar, de Esperantina, e de secretários de Estado.
O deputado Fábio Novo, que já presidiu o PT no Piauí, afirmou que o partido foi fundado durante o período da ditadura para dar oportunidade para que os excluídos participassem da discussão política, o que levou a lavadora de roupas Benedita Silva a chegar ao Governo do Rio de Janeiro e uma negra da periferia de Teresina, Francisca Trindade, a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Fábio Novo lembrou que, em 2003, o bancário Wellington Dias assumiu o Governo do Piauí, “o que proporcionou melhores condições de vida à população, o que ocorreu, também, no Brasil com a posse do metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República”. Ele defendeu que agora o PT precisa adotar novas bandeiras, como uma maior defesa dos direitos humanos e a questão ambiental.
O PT festeja os seus 35 anos depois de conquistar sua quarta eleição seguida para presidente da República e a terceira para governador do Piauí, sempre com Wellington Dias. O partido enfrenta, ao mesmo tempo, a maior crise de sua história, no olho do furacão daquele que já é considerado o maior escândalo político do Brasil, o Petrolão.
Há dez anos, o PT festejava seus 25 anos em meio às denúncias do escândalo do Mensalão, que acabaram por levar para a cadeia a cúpula do partido, condenada no Supremo Tribunal Federal por corrupção. O episódio provocou grande desgaste à imagem da sigla, mas não comprometeu sua vitória nas urnas nas eleições seguintes, respaldado que estava por uma vigorosa política de inclusão social e de manutenção da estabilidade econômica.
O desafio do partido agora é mostrar que esses anos dourados não acabaram.
