A eleição da Assembleia Legislativa do Estado do Piauí ainda renderá muitas histórias e estórias. Na noite que antecedeu a escolha, o governador Wellington (PT) e o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) – detalhe: já estão juntos, quem diria? – reuniram 19 deputados num banquete em um luxuoso restaurante da capital.
Era o momento de contar os votos e garantir a eleição para o deputado Fábio Novo (PT) comandar a Assembleia nos próximos dois anos. Os 19 deputados assumiram o compromisso em votar no candidato do governo.
Mas, qual o interesse do governador? Por que ele distribuiu cargos e convocou suplentes em troca de apoio? Segundo a imprensa de Teresina que acompanhou de perto esta odisseia, Wellington foi ao extremo. Esqueceu que o “Piauí estava quebrado” e promoveu um festival de nomeações e de quebra chamou 11 suplentes de deputados para assumir. Ora, só aí já seriam 11 votos, precisaria mais cinco, mas para “garantir”. Foi a trás de mais oito, fechando os 19.
Quanto custa um suplente de deputado a um estado quebrado? Sabe-se que o deputado de mandato quando é chamado para uma secretaria ele aceita, mas leva todas as gratificações e a verba de gabinete. O suplente tem que ser “arrumado” de outra forma. Uma imoralidade imprópria para um governador que dizia que ia fazer um governo sério, ia botar o Piauí nos eixos.
Na hora do voto, que é secreto, só apareceram 14 votos. Themístocles Filho (PMDB) ganhou a eleição arrebatando os outros 16 votos. Na conta do governo existem 5 traidores.
Wellington diz que foi traído. E o povo, senhor governador, não está sendo traído também?!!!
