O que está acontecendo com o transporte público de Parnaíba não é apenas crise, é colapso anunciado. As cooperativas COOPERTRANP e ASSEMROUP estão sustentando, sozinhas, um sistema que deveria ser responsabilidade compartilhada. Hoje, elas operam no limite da sobrevivência, enquanto esperam, cansadas, por respostas que nunca chegam.

Vamos aos fatos, sem rodeios:
– A prefeitura não repassa um único centavo para custear a gratuidade; A maioria dos passageiros utilizam sem pagar nada, porque a lei permite, *mas ninguém banca a conta!*; A meia-passagem virou terra sem lei: sem fiscalização, qualquer um usa, e o prejuízo explode; Os veículos saem para rodar sabendo que talvez nem consigam pagar o combustível do dia; Manutenção? Só quando quebra de vez — porque dinheiro não existe; Contratação de mais cobradores? Impossível; Renovação de frota? Um sonho distante; ,Operação aos domingos e feriados? algo totalmente inviável. ;Proprietários abandonando linhas por desespero financeiro.

É isso: o sistema está se sustentando apenas porque motoristas e donos de veículos insistem em não deixar Parnaíba parada. Estão colocando do próprio bolso, apostando suas vidas, suas dívidas e sua dignidade para manter um serviço que, na prática, está sendo tratado como invisível.
*A situação é revoltante, além da falta de recursos, motoristas e os poucos cobradores que restaram, ainda precisam ouvir reclamações de usuários que acreditam que a gratuidade é bancada pelo município quando, na verdade, não há repasse algum. O que existe é descaso. O que existe é omissão. O que existe é uma bomba-relógio prestes a estourar.*
A verdade é dura, mas precisa ser dita:
o transporte público de Parnaíba está morrendo.
E se nada for feito, quem depende dele será arrastado junto.
Este apelo público não pede favores.
Exige responsabilidade.
Exige diálogo verdadeiro.
Exige ação imediata.
Porque o transporte público não pode continuar vivendo de sacrifício, improviso e silêncio.
Parnaíba precisa acordar antes que a última linha seja desligada e o caos se torne irreversível..
Acorda, Francisco Emanuel