A data 22 de outubro de 2013 será histórica para a política piauiense.
Dia em que Wilson Martins, governador do Estado, “escorraçou” o PT do
governo do Piauí. Incisivo, duro e decidido o governador deixou patente
na visita de Eduardo Campos que está muito disposto a “se ver livre” do
PT, quando respondeu a uma provocação do deputado federal Assis
Carvalho, insinuando que o PSB teria deixado o governo federal de
“araque”. Fala Wilsão: “Olha, eu prefiro não discutir esse tipo de
assunto, porque todos os ministros já saíram. São dois ministros e
também nós entregamos o cargo que tínhamos na Codevasf e Sudene,
esperando a presidenta fazer a exoneração. Nós não somos irresponsáveis
para abandonar lá os cargos. Pedimos isso por escrito e temos o
documento da Superintendência da Sudene e também o da diretoria que
temos na Codevasf”.
Prego batido, ponta virada! Pronto! Está ai a senha para que os petistas
deixem o governo, arrumem a trouxa e peguem léguas rumo à oposição no
Piauí. O governador só faltou chamá-los de oportunistas,
aproveitadores,…! Porque não querem largar as “tetas” no Piauí.
O fato deste dia 22 de outubro, em que o governador de Pernambuco se
tornou irmão piauiense, fez-nos lembrar a data de 20 de junho de 2013, o
dia em que o PT e a CUT foram às ruas para protestar junto com os
estudantes e foram expulsos da manifestação em 60 minutos.
Algo estava acontecendo de errado! Na época, ninguém entendia o “por
quê” do povo não querer o PT nas ruas. Após, ficou explicado: o “voz das ruas” não convidou o PT e nem os partidos tradicionais.
No meio do inusitado, do fato surpreendente, a Globo chegou até mesmo a
cancelar novelas, partida de futebol e transmitiu três horas seguidas
de manifestações. O que é isso, companheiro? O que está acontecendo?
Perguntavam-se entre si atordoados!
A mídia acabava de constatar uma à realidade inédita, histórica, quando
viu o PT enrolar suas bandeiras e bater em retirada. Era inacreditável!
Algo estava acontecendo de estranho. Não era. O PT tinha sido mesmo
“enxotado” das ruas, parecia um “peixe fora d’água”, com a bandeira
vermelha à mão e a turma toda “amarelada” de medo.
Em suma, os jovens “expulsaram” o PT das ruas do Brasil!
Guardadas as devidas proporções, agora chegou a vez do governador do
Piauí. Que mostra a cada passo político dado que o PT será mesmo “persona non grata”
no palanque do PSB em 2014. O PT está custando a entender isso, de que
Wilson Martins ficou do lado de lá e não do lado de cá, deles petistas. É
um momento histórico? É, sim! O PT do Piauí jamais pensou que a
retaliação fosse chegar tão cedo assim, 11 meses antes da eleição, para
desapegar-se de um poder que construíram juntos com os socialistas.
Eduardo Campos trouxe energia positiva e o governador Wilson Martins
“engrossou o cangote”. Ficou bem claro na visita do pernambucano que os
socialistas não desejam mais subir no palanque com os petistas. O
divórcio agora aguarda apenas a sentença final, os procedimentos para
que os petistas juntem os “cacarecos” e deixem a “zona ocupada”. Não
existe mais clima político fraterno e de respeito mútuo entre PSB e PT
no Piauí. São fatos e contra os quais não há argumento!
Aqui no Piauí não foi preciso o “ronco” das ruas para que o governo
“escorraçasse” o PT. Mas, apenas o “grito” do Wilsão para que todos
sejam agora enxotados, expulsos, rejeitados e desprezados do governo que
ajudaram a eleger. Duro, hein! (Portalaz)
(*)Miguel Dias Pinheiro é advogado