O Jornal cultural “O Bembém”, num reconhecimento ao novo momento em que vive a cidade, traz em sua última edição um pouco da história das praças de Parnaíba, agora revitalizadas pela prefeitura e que, sem dúvida, representa um atrativo a mais para os visitantes e um espaço para as pessoas se encontrarem, trocarem ideias, admirarem as flores, enfim, usufruírem daquilo que é um bem de todos. É uma matéria de capa, com o título: “PHB vivendo um novo tempo de Praças”. Confira:
Até 1917, Parnaíba não tinha nenhuma praça. 155 anos depois de sua fundação como Vila e nenhuma praça. Chegou aos 73 anos depois que se tornou cidade e nada de praça. Surgiu então a primeira praça, a atual Praça da Graça. De 1930 a 1944, criaram-se praças no Centro da Cidade. Depois disso, houve demolições e reformas e apareceram algumas praças tímidas (Júlio Augusto, Mirócles Veras, Constantino Correia), até que, neste começo de Século 21, os prefeitos resolveram construir novas praças, buscando beleza e aconchego, e surgiram: Jardim dos Poetas, Praça Mandu Ladino, Praça do Amor, Praça da Águia.
PRAÇA MIRÓCLES VÉRAS
A Praça Mirócles Véras é, na verdade, uma pracinha, por tão pequena que é. Fica no final da Avenida Chagas Rodrigues, bem diante do cruzamento Chagas Rodrigues-Capitão Claro-Princesa Isabel-São Sebastião, em diagonal, à direita, com o Intuito São Luís Gonzaga (hoje desnecessariamente chamado Colégio Diocesano) e em diagonal, à esquerda, com o Convento e a Igreja de São Sebastião. Até pouco tempo, era um lugar inteiramente irrisório, quase invisível ao passar pelo trânsito. O prefeito atual lançou um certo olhar sobre ela e fez com que lhe dessem um novo ar, um outro aspecto. Um romântico pontilhão, que passa sobre os antigos trilhos da Estrada de Ferro, e mais alguns equipamentos fizeram do lugar uma boa lembrança ao antigo prefeito Mirócles Véras. Destaque merecido a um homem que foi médico, político e prefeito de muitas obras com relevo para a Praça de Santo Antônio e a criação da Biblioteca Pública.
Inteiramente nova é esta outra pequena pracinha, bem no início da Avenida São Sebastião. Ela contorna a Coluna da Águia, aquela célebre Águia esculpida em homenagem ao prefeito Ademar Neves e que ficava diante do Cais do Porto Salgado. Com a construção da Ponte, destruíram-se os demais equipamentos da Avenida e souberam deixar que a Águia escapasse trazendo-a para esta esquina. Aí, o prefeito atual mandou que se criasse esta pracinha no entorno da Coluna e deu certo. Ensolarada o dia inteiro e bem iluminada à noite, ganhou maior destaque a Águia que, lá do alto, espia o lado oeste da cidade enquanto espera que lhe deem um banho de limpeza, com que ficará renovada e reluzente. Bem iluminada, à noite, a pracinha atrai o olhar em trecho de trânsito sempre intenso.
Criada especialmente para elevar a autoestima e fazer com que se declare abertamente a paixão pela cidade, a Praça do Amor fica no canteiro central da Avenida Pinheiro Machado, atrás do restaurante Mirante. Logo que inaugurada, foi a pracinha que causou maior impacto sobre a cidade, recebendo muitas visitação, sobretudo ao anoitecer e à noite: todos posando para fotografia em frente ao grande letreiro que declara o amor pessoal de cada cidadão por sua cidade. Imediatamente essas imagens feitas com celular são postadas nas redes sociais para alegria e comentários de parentes e amigos. Um grande achado, principalmente pelo charme do nome.
PRAÇA DO AMOR
Criada por lei no final dos anos sessenta, esta praça fica no bairro São Francisco, que até hoje o povo chama de Guarita. Reurbanizada pelo atual prefeito, a praça foi reinaugurada na véspera do dia de São Francisco, santo de devoção do bairro da Capela. A praça recebeu uma coluna de quase três metros de altura, onde foi colocada a estátua de São Francisco, obra do escultor Charles do Delta que, antes, estava no rés do chão de um dos canteiros da Avenida Princesa Isabel. No alto, a escultura ganhou destaque e maior sentido. Agora, é de se esperar que não esqueçam Doutor Genésio e que a pracinha não passe a ser chamada Praça de São Francisco da Guarita. É que Doutor Genésio foi o mais popular farmacêutico da PHB cuidando, como se fosse médico, de pequenas doenças dos pobres da cidade.
Praça Genésio Pires Rebelo
Edição: Bernardo Silva
Fotos: Gleitowney Miranda/Camila Neto