
Na manhã desta sexta-feira (11) foi realizado no centro da cidade do município de Ilha Grande do Piauí um ato público contra os descasos da Agespisa no que concerne à prestação de serviços ao povo daquele município. O ato contou com a participação de vereadores, vice-prefeito e representantes de segmentos da população.
A manifestação foi realizada em frente ao escritório da empresa de abastecimento de água e saneamento básico – A Agespisa, que opera e mantém o sistema de captação, tratamento e distribuição de água na área urbana do Ilhagrandense.

De acordo com vice-prefeito, Edmar- o Sargento, o ato público foi para cobrar melhorias nos serviços oferecidos pela Agespisa na Ilha, que atualmente são de péssima qualidade. “O este ato público é pacífico. Juntos, todos os cidadãos aqui presentes vamos buscar respostas da empresa. Vamos protocolar as reivindicações de cada um, que são reivindicações pela falta de água, e a sua qualidade, porque a cidade foi destruída 70% das ruas pela Agespisa e o município não tem condição de recuperar os asfaltos. Muitas famílias de baixa renda que deveriam ter recebido a sua ligação de forma gratuita, em sua rede de esgoto, não recebeu. O outro ponto é porque estão cobrando um valor da taxa de esgoto de 50% das casas onde ainda não ocorreu a instalação dos serviços. Por isso a cobrança dessa taxa de esgoto é indevida”, disse.

Para o vereador Marcos Silva o ato foi uma forma de denunciar os abusos e falta de respeito à população, por parte dessa empresa. “Estamos aqui também contra a taxa de esgoto que está sendo cobrada, porque tem algumas residências não foi feita ainda a instalação de esgoto, e também pela má qualidade da água, falha nos serviços prestados”, destacou.
A moradora Antônia Costa acredita que é importante a participação da população nesses atos. “Porque reclamamos, mas em casa. Vivemos o drama de viver sem água e não fazemos nada. E quando a população tem a oportunidade de vir à rua e cobrar uma solução, isso é incrível. Acredito que quando juntamos pessoas e povo se mobiliza, acredito que existe uma possibilidade de conseguimos a solução, e vejo que qualquer autoridade tem medo do povo reunido”, falou.

O gerente do escritório da Agespisa na Ilha Grande, Francisco Silva, informou que as casas que não tem visibilidade de instalação de esgoto devem procurar o escritório para que seja retirada a taxa que está sendo cobrada. “As caixas de inspeção são elementos de um sistema coletor de esgoto sanitário que ficam sob a responsabilidade do cliente ou da Agespisa, mas a população tem que entender que o saneamento básico tem a finalidade de promover o aumento da qualidade de vida da população e a prevenção de doenças”, relatou Francisco Silva.

O vice-prefeito Edmar finalizou seu discurso fazendo um apelo ao governador do estado. “O senhor esteve aqui na nossa cidade há cerca de 4 meses e recebeu das famílias um abaixo-assinado que clamava por um abastecimento de qualidade. Tem famílias que ficam uma semana sem água”, reclamou.
Como ponto definido na manifestação ficou marcada uma audiência com o presidente da Agespisa na próxima terça-feira (15) em Teresina.

Texto e fotos: Camila Neto