Por:Arimatéia Azevedo
O ex-governador Freitas Neto dizia que se faz um bom governo não roubando nem deixando roubar. Ocorre é que no Brasil a regra válida é a de que se deve roubar. A prova cabal dessa assertiva está no fato de que a Controladoria Geral da União admite que em 90% das prefeituras existem esquemas de corrupção e malandragens em geral. Sendo assim, 201 dos 224 municípios do Estado estão corroídos por roubalheira sistêmica. Como a CGU não consegue nomear onde há malfeitorias e onde a administração pública se guia por caminhos tortuosos do desvio recorrente de dinheiro público, para a população se passa a ideia de que a corrupção está presente na totalidade das cidades, das ações, programas e obras da administração pública dos municípios.
Se a regra é roubar, o que resta fazer? Ante o fato de que a punição a corruptos é uma exceção à regra, resta esperar que os organismos de fiscalização e controle sejam mais eficientes não apenas indo atrás do ladrão quando o estrago está feito, mas adotando medidas mais duras para coibir o uso de dinheiro público para fins desonestos e evitar que ele roube. Um bom começo é parar de fingir que são corretas as rotineiras licitações públicas escancaradamente feitas para burlar a lei.
