ICMS não deixa preço da gasolina baixar, reclama Bolsonaro

Edição:Bernardo Silva

O presidente Jair Bolsonaro voltou a alfinetar ontem os governadores sobre a taxação dos preços dos combustíveis.

Ele postou nas mídias sociais: “Pela 3a vez consecutiva baixamos os preços da gasolina e diesel nas refinarias, mas os preços não diminuem nos postos, por quê?”

Ele mesmo respondeu: “Porque os governadores cobram, em média, 30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor.”

E continuou:

“Como regra, os governadores não admitem perder receita, mesmo que o preço do litro nas refinarias caia para R$ 0,50 o litro. O que o presidente da República pode fazer, para diminuir então o preço do diesel/gasolina para o consumidor?”

Segundo Bolsonaro, o que o presidente pode é “Mudar a legislação por Lei Complementar, de modo que o ICMS seja um valor fixo por litro, e não mais pela média dos postos (além de outras medidas). E agora? Em quanto tempo? Como fica o interesse dos governadores? Etc.”

Bolsonaro anunciou que encaminhará proposta ao Legislativo e lutará pela sua aprovação.

As alíquotas do Piauí

De fato, os governadores não aceitam reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os combustíveis.

O Piauí, por exemplo, cobra alíquotas que estão entre as mais altas do país. Elas foram elevadas três vezes só no mandato passado de Wellington Dias.

Atualmente, estão nas seguintes faixas: 18% sobre o diesel; 22% sobre o álcool; 29% sobre a gasolina, mais 2% para o Fundo de Combate à Pobreza, totalizando 31%.

A arrecadação anual com o ICMS cobrado sobre os combustíveis, no Piauí, é de R$ 1 bilhão, ou seja, um quarto da arrecadação total do imposto. Desse total, 25% são rateados entre os municípios.

Trocando em miúdos, nem o Piauí nem qualquer outro Estado abrirão mão dessa receita. (Por:Zózimo Tavares)

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