Por:Zózimo Tavares
O Governo do Piauí informou, na semana passada, que concluiu o pagamento das indenizações às vítimas da Barragem Algodões.
No total, foram repassados às famílias R$ 51 milhões, divididos em 30 parcelas.
A Barragem Algodões rompeu em 27 de maio de 2009, no município de Cocal, região norte do Estado. Foi a maior tragédia ambiental da história do Piauí.
Para o pagamento das indenizações, o Governo do Estado fez um acordo com a Associação das Vítimas e Amigos da Barragem Algodões (Avaba).
Das 1.200 famílias diretamente atingidas, 970 foram indenizadas. A Justiça avaliou todo o prejuízo causado pela tragédia em R$ 400 milhões.
Acordo baixa valor
No entanto, através de um acordo extrajudicial – que envolveu o Judiciário, o Legislativo e o próprio governador -, a Associação das Vítimas de Algodões aceitou reduzir o valor da indenização de R$ 400 milhões para R$ 60 milhões, pagos em parcelas.
“O governo, com o pagamento da parcela 30, cumpre a sua obrigação moral e judicial. Todos valores acordados pelas vítimas foram recebidos diretamente em sua conta individual”, ressaltou o secretário da Sasc, Zé Santana.
Não é bem assim! O Governo do Estado ainda deve aos sobreviventes de Algodões a construção de uma nova barragem, prometida após a tragédia.
A obra chegou a ser licitada em 2015, mas até agora não saiu do papel.
A barragem de Algodões era o meio de vida de milhares de famílias no Vale do Piranji.
Elas se dedicavam a atividades de agricultura, pecuária e de piscicultura. Com a destruição da barragem, muitas delas ficaram sem trabalho e sem renda e estão passando fome.
A situação vai se tornar ainda mais crítica a partir de agora, com o fim do pagamento das parcelas da indenização.