O Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) prorrogou o prazo para a interdição ética da Maternidade Evangelina Rosa, marcado para esta quarta-feira (18), após se reunir com o governo do estado na noite dessa terça-feira (17). De acordo com o CRM, representantes da Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi) apresentaram papeis mostrando a compra de materiais que estavam em falta durante a reunião.
A interdição foi definida após uma comissão de fiscalização ter visitado a maternidade e constato problemas na estrutura física, falta de medicamentos e materiais para exames, em junho. No mesmo mês, três casos de mortes de mulheres por infecção foram confirmados.
A situação é acompanhada pelo Ministério Público Federal (MPF), que investiga denúncias contra a Maternidade Dona Evangelina Rosa, após o Ministério Público Estadual ajuizar ação na Justiça Federal.
“Eles apresentaram para gente alguns pontos que melhoraram em relação a aquisição de materiais, mostraram a comprovação das compras para os próximos meses. Ainda faltam alguns materiais que eles não conseguiram, mas contrataram empresas que fiquem responsáveis pela limpeza e pela mudança da estrutura”, explicou a presidente do CRM-PI, Miriam Parente.
Segundo a presidente do CRM, antes da reunião com governo, o conselho questionou o que estava faltando no plantão dessa terça-feira (17). “Estavam faltando dois medicamentos e soro fisiológico que eles tentam repor com ajuda de outros hospitais enquanto ainda não chega.
“Ainda há falta de medicamentos, mas eles apresentaram papéis que comprovam a compra, eles apenas ainda não chegaram”, informou Miriam Parente.
Durante a reunião, o CRM definiu um novo prazo para avaliar a situação da maternidade. A fiscalização ficou marcada para o dia 27 de julho.
“Com relação a parte estrutural temos que entender que o prazo vai ser mais elástico porque tem a parte da licitação. Demorou para fazer, que já pegou uma parte do mês que a gente deu”, finalizou Miriam Parente.