Deputado quer criar semana para homenagear Santa Dulce dos Pobres, na Bahia

Irmã Dulce será canonizada em 13 de outubro, pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma

O deputado estadual baiano Paulo Câmara (PSDB-BA) quer instituir, no Calendário Oficial de Eventos do Estado da Bahia, uma semana em homenagem e louvor à Santa Dulce dos Pobres. Através do Projeto de Lei nº 23.394./2019, que tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o parlamentar sugere que o período anual contemple o dia 13 de outubro, data agendada para a canonização de Irmã Dulce, neste ano de 2019, em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma.

“Falar de Irmã Dulce é falar de suas obras e realizações”, define Paulo Câmara, que pretende, com a iniciativa, “estimular atividades em homenagem à primeira mulher nascida no Brasil a se tornar santa”. Na proposta, o tucano coloca a possibilidade de ajuda do poder público: o Executivo, por meio de seu órgão competente, poderá proporcionar atividades de apoio à consecução dos objetivos desta lei.

A justificativa da matéria contém resumo biográfico da homenageada, desde a infância, depois sua passagem na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em Sergipe, e o retorno e sua trajetória exitosa de caridade na Bahia. “Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II, quando ele esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes”, anotou o tucano. 

O parlamentar também descreve os últimos anos da religiosa, quando começou a apresentar problemas respiratórios e ser hospitalizada, chegando a ser visitada, em 20 de outubro de 1991, pelo Papa João Paulo II. “O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos 77 anos, às 16h45 do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela”, registrou Paulo Câmara.

Em 14 de maio deste ano, a Igreja reconheceu o segundo milagre atribuído a Irmã Dulce, o de um cego que, após rezar fervorosamente antes de dormir, com a imagem da santa sobre os olhos, voltou a enxergar horas depois de pedir pela intercessão da religiosa para aliviar dores de uma violenta conjuntivite.

A mais consolidada obra social da nova santa católica é o grandioso Hospital Santo Antônio, nascido de um galinheiro do convento homônimo, “invadido” por Irmã Dulce em 1949 para abrigar pobres doentes, alimentados por ela com canjas feitas das galinhas que moravam no local. O ambulatório improvisado cresceu e se tornou o maior complexo médico da Bahia, instalado no Bairro de Roma, em Salvador, que chegou a 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

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