Criado com o propósito de incentivar a potência criativa das periferias das cidades da Região Norte do Estado, o Instituto João Silva Filho tem um histórico de sucesso. O ano prestes a finalizar o primeiro semestre, a entidade já contemplou através de suas ações e incentivo financeiro vários projetos e associações sem fins lucrativos.
Para compreender a importância deste incentivo cultural, basta visitar as entidades filantrópicas da região e ver de perto a felicidade de quem está sendo beneficiado pela entidade desde o início de sua fundação. São projetos de suma importância para as comunidades, em especial para a juventude, que ao invés de estarem nas ruas, estão nas escolas, e ao saírem do ambiente escolar vão para as oficinas culturais desenvolvendo arte e cultura.
O maior exemplo é a comunidade do Barro vermelho na cidade de Ilha Grande e Parnaíba. Com a chegada das festas juninas no mês de junho, as manifestações tradicionais embebidas de seu simbolismo típicas, abraçam-nos aos sons dos tambores, maracas, apitos, triângulo e às toadas rítmicas e improvisadas da brincadeira do bumba-meu-boi, tradição da região que estava em situação de desaparecimento e foi resgatada na comunidade pelo professor Dieson Oliveira Costa coordenador do projeto e sua equipe de professores que compões a Escola Municipal Santa Joana D`arc e a comunidade. Fazem parte da equipe de trabalho a professora Cláudia Maria Paiva, coordenadora da escola; Pedro Alexandre Maia responsável pela coreografia do projeto e o empenho e dedicação do Grande Mestre de Cerimonia José Cláudio Pereira Bruno, o Canarinho da Ilha.
O grupo Boi Mirim Novo Guerreiro estreia sua jornada do ciclo junino no município de Ilha Grande e Parnaíba, nas festividades do São João da Parnaíba na cidade de Parnaíba no dia 28 de junho. Suas atividades duram o ano inteiro e atende 70 crianças da comunidade.
“Além de dar projeção a ideias que já estão sendo realizadas na nossa região do litoral piauiense, em muitos casos, carentes de atividades culturais, o Instituto João Silva Filho estimula a criação e participação no desenvolvimento cultural da região, promovendo inclusão cultural, estimulando as culturas e desenvolvimento locais, finalizou Herbert Júnior Diretor do IJSF.
Histórico do Boi Novo Guerreiro Infanto 2019
O Boi Novo Guerreiro Infanto, surgiu em 16 de março de 2017, através de um projeto escolar da Escola Municipal Santa Joana Darc, situado no Barro Vermelho, comunidade que faz fronteira Parnaíba e Ilha Grande e é conhecida por suas belezas naturais, seu artesanato extraído da palha da carnaúba e do barro, o único da região norte, além do bumba meu boi Novo Guerreiro, que busca reestabelecer as crianças e jovens dos riscos que hoje qualquer sociedade oferece.
Hoje com quase 80 componentes, incluindo (10) dez Cabocos Reais, (20) vinte boieiros, (10) dez Vaqueiros, (10) dez Índias, (06) seis Catrevagens, (01) um Nêgo Chico, (01) um Sargento, (02) dois Facas, (01) uma sinhazinha, (01) uma Cunhã
Poranga, (01) um Pajé, (01) uma Porta Estandarte, (07) sete Tambozeiros,( 01) um instrumentista do maracá e apito de marcação, e (01) uma mestre de cerimônia ou Amo, o boi Novo Guerreiro, traz por meio de suas cores, dança e música, uma história na qual poucos conhecem, mas que toda Parnaíba e região, já provaram o segundo líquido mais precioso de toda humanidade, produzido por uma rica fazenda de nossa região, que é a fazenda Ilha das Batatas, que será retratado agora através da arte e cultura, pelo Boi Novo Guerreiro e o tema; As riquezas da Fazenda.
No final na década de 50, um fazendeiro comprou uma fazenda à beira do rio Parnaíba, aonde em seguida nomeou de Ilha das Batatas. A mesma, Composta por cinco arquipélagos, três destes só podem ser visitados se obedecerem as condições da maré do Rio Parnaíba. Além de ser favorecida pelas condições climáticas, o lugar transborda de grandes riquezas e encantos, sendo que um deles, o patriarca da família o saudoso Odival Rezende sempre fez questão de manter, que é o Pavão indiano, ave da família dos faisões que chega a ultrapassar do bico à calda 1,50m e encanta pelas suas plumas exóticas de cores cintilantes e um ocelo (pequeno olho) na ponta de sua calda, aonde as mesmas transformam se em uma arte viva e muito cobiçada, e que hoje o boi Novo Guerreiro traz em seus adereços aproximadamente 1.500 delas, essas são colhidas, quando no mês de janeiro a março, o pavão muda suas plumagens.
Além disso, a fazenda produz um dos principais e mais importantes alimentos que a humanidade pode ter, sendo o principal ouro daquela Ilha, que é o leite, e que até hoje, sua produção ainda é bastante para abastecer toda população de Parnaíba. Pois um dos dois irmãos, filho do fazendeiro e médico Odival Rezende, senhor Jorge Rezende a Ilha por suas condições climáticas, fez com que a fazenda torna-se, uma das maiores bacias leiteiras do Piauí, sendo destaque durante muitos anos pela sua produção de leite, que naquela época, mais preciso, na década de 60, os meios de transporte ainda eram muito difíceis, e todo leite era transportado no lombo de 60 burros de carga pela Estrada do Leite e abastecia toda Parnaíba e Região.
Ao passo que segue a apresentação do Boi Novo Guerreiro, todos irão entender essa história e a história da nossa cultura popular do bumba meu boi, que será agora, conduzindo pela mestre de cerimônia mais jovem do São João de apenas 11 anos de idade, mas que surpreende a todos pela força e cadencia de sua voz, pois não é pra menos, a garota é fruto do trabalho do grande mestre Canarinho da Ilha que carinhosamente à batizou de Sabiá, e que agora conduzirá toda festa junto ao batalhão, e que todos possam prestigiar o Boi Novo guerreiro e o canto da Sabiá.
Toada do tema 2019
No colégio santa joana Darc
Nasceu um boi de São João
É o boi mirim, novo guerreiro!
Com três anos de tradição
Ligada a estrada do Leite