Manchas de óleo avançam e prejudicam a pesca no Piauí

Litoral nordestino: poluição das praias tem origem desconhecida e combate lento

Por:Zózimo Tavares

As manchas de óleo que poluem as praias do litoral nordestino desde o início de setembro avançaram, informou o Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA), formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pelo Ibama.

As manchas de óleo cru já atingiram 268 localidades em 94 municípios de todos os estados nordestinos, numa extensão de 2,5 mil quilômetros.

No Piauí, conforme a Marinha, seis praias foram afetadas pelas manchas que estão poluindo a costa da região Nordeste.

Os últimos registros aconteceram no dia 30 de setembro, nas praias de Atalaia, Peito de Moça e Coqueiro – em Luís Correia – e Pedra do Sal – em Parnaíba. O primeiro caso foi registrado no dia 28 de setembro na praia do Arrombado, e no dia seguinte em Cajueiro.

A pesca do camarão

O desastre ambiental afetou ainda o ecossistema do Delta do Parnaíba, entre os estados do Piauí e Maranhão. A contaminação pode quebrar o ciclo de diversas espécies marinhas do litoral brasileiro, com impacto também socioeconômico nas comunidades que vivem no seu entorno.

O governo federal proibiu a pesca de três espécies de camarão na divisa do Piauí com o Ceará. A medida extraordinária, assinada pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes Cordeiro, foi tomada em virtude das manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste.

De 1º de novembro a 31 de dezembro desse ano não podem ser retirados do mar camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete barbas (Xiphopenaeus kroyeri).

Durante o período do defeso fica vedado o transporte, a estocagem, o beneficiamento, a industrialização e a comercialização de qualquer volume de camarões das espécies proibidas.

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