O delegado Carlos César Camelo, diretor do Núcleo de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública, confirmou nesta quarta-feira (9) que o assassinato do agente penitenciário José Silvino da Silva foi motivado por vingança.
Cândido de Sousa Araújo, que entrou no sistema prisional com o nome falso de Bruno, seria o autor dos disparos. Cândido tem passagem pela penitenciária de Parnaíba, de onde conhecia o agente penitenciário.
Com a prisão dos três suspeitos nesta manhã, a polícia civil terminou de elucidar o caso do assassinato do agente penitenciário, que tinha justamente na motivação do crime a etapa mais complexa até aqui. Além do autor dos disparos, Cândido de Sousa Araújo, preso em Porto Velho, Rondônia, foram presos Marcilene Leonardo Ferreira, esposa de Cândido, presa em Castanhal no Pará e Rauellison de Souza Araújo, irmão de Cândido, preso na Casa de Custódia em Teresina.
O delegado Carlos César explicou como foi o desenrolar das investigações. “A motivação do crime talvez tenha sido a parte mais complexa da investigação. Inicialmente achávamos que era latrocínio, mas agora depois das prisões de Cândido e Rauellison, e da esposa do Cândido, Marcilene, em Castanhal, confirmamos o homicídio. Ela confirmou na sua prisão que o marido havia reconhecido o agente, passando em frente ao seu estabelecimento comercial e voltou para matar”, disse.
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Cândido de Sousa é um indivíduo de alta periculosidade, com várias passagens na polícia e estava foragido em Parnaíba quando do crime contra o agente penitenciário. Ele havia fugido do Pará, onde tinha sob suas costas dois mandados de prisão e usava o nome falso de Bruno.
Em Parnaíba ele também foi preso por tentar assaltar o empresário José Neres de Sousa. Na ocasião, a vítima reagiu ao assalto e trocou tiros com Cândido, que foi internado no hospital de Parnaíba e depois levado para a penitenciária local. Na ocasião utilizava-se da moto da esposa, Marcilene.
“A esposa e o irmão estavam juntos com Cândido, foragidos em Parnaíba. Aqui ele usava o nove falso de Bruno”, confirmou o delegado Carlos César. “Ele realmente reconheceu José Silvino, que lá de dentro do presídio era coordenador. Lamentamos porque acabou sendo executado por exercer sua profissão. Uma vingança mesmo, por ele já ter passagem. Vingança pessoal quem ficou responsável pela guarda deles dentro do presídio”, disse.
O caso foi considerado pela polícia como execução, já que a dupla não roubou nada do agente penitenciário e os dois já chegaram atirando. Foram efetuados, pelo menos, três disparos na região da cabeça de José Silvino, que morreu na hora. José Silvino era casado e tinha filhos. Fonte: cidadeverde. Fonte: cidadeverde. Fotos: piauihoje. Edição: APM Notícias.