Pote quebrado é difícil de juntar os cacos. * Pádua Marques.

 

 

Caminhava uma menina com um pote cheio de água na cabeça por um caminho cheio de altos e baixos. Subia aqui e descia mais adiante. Entrava à esquerda e depois à direita. Pulava cerca e abria cancela. Pisava em pedras e em barro. Naquele ziguezague sem fim ela acabou tropeçando e o pote foi ao chão se desfazendo em vários cacos e derramando a água.

Bichinha naquela aflição se largou a pensar no que iria lhe acontecer. Agora era chegar em casa  na ponta do pé e contar pra mãe o ocorrido e esperar a reprimenda ou umas boas lapadas de cinto ou o canto da palmatória. Mas não foi isso, o esperado por ela o que aconteceu. A mãe no meio do trabalho de casa até que esqueceu o ocorrido, horas depois.

Agora vamos deixar a menina de lado e falar dos cacos. Melhor, falar dos cacos em que se transformou a esquerda política no Brasil desde que o PT, chegou ao poder e acabou saindo dele apoiado pelos outros do tipo PSOL, PCO, PDT, PCB, PCdoB e PSTU. Eu não gosto de dar opinião política. Mas dada a gravidade da hora me permito dizer que o momento é de grande preocupação.

Mas é bom que se diga que o PT é ele junto com seus satélites, o partido no Brasil com ideologia clara, explícita, aberta, milícia rural e urbana, seguidores fieis e infiltrados no serviço público no alto e baixo escalão. Nunca escondeu de ninguém suas intenções e ligações com regimes comunistas. E que tudo faz pra se perpetuar no poder porque só quer apenas que se dê um pé.

Essa do Bolsonaro acaba de mostrar a que ponto partidos dominados por esta ideologia comunista podem chegar. Criam indivíduos altamente fanáticos, sem qualquer noção de democracia. Gente recrutada entre a gente ignorante, analfabeta, iludida pela ideia de mudar a realidade buscando uma igualdade que nunca vai existir.

Causa preocupação, desde muito tempo, quando estes partidos declaram e agem de forma aberta e utilizando sua militância na destruição da propriedade privada, estimulam as divergências entre classes, raças, credos religiosos e de forma muito sutil destroem o patrimônio público quando são contrariados.

Esse maluco, mineiro com sobrenome de baiano que esfaqueou Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, ao que parece e as primeiras informações dão conta, é de ser formado em pedagogia e que foi filiado a um desses partidos satélites. Não é tão analfabeto assim de pai e mãe. Conhecia seu partido e a ideologia dele. Levou pra violência na faca sua revolta de não estar mais fazendo parte do poder.

 

Mas é o caso típico de fanático isolado que perdeu o domínio de seus atos. Aquele partido ao qual deu seu serviço, grito de guerra, sono, o pouco dinheiro recebido, sua audácia e valentia, vai agora lhe negar tudo e virar as costas. Está faltando ainda pouco mais de onze anos pra Lula ser solto. Até agora se passaram apenas cinco meses. Mas já suficientes pra que o PT e os partidos satélites se movimentem de forma agressiva, rápida, às escuras, mostrando um perfil sectário perigoso, com o estímulo à violência de toda ordem. Os próximos anos vão nos mostrar onde foram parar os cacos do pote. * Pádua Marques, jornalista e escritor. 

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