STF julga criminalização da homofobia na quarta-feira

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O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar amanhã duas ações que pedem que a homofobia e a transfobia se tornem crime. Homofobia é o preconceito contra homossexuais e transfobia, contra transexuais e travestis.  Mas como isso vai funcionar? Será criada uma lei? Homofobia já não é crime no Brasil? Entenda:

O que o STF vai julgar: Duas ações que pedem que homofobia e transfobia sejam consideradas crime de racismo, este descrito na lei 7.716/89, com penas de um a cinco anos de prisão. Uma delas é da ABGLT  (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e outra do PPS (Partido Popular Socialista).

O que racismo tem a ver com isso: O advogado e representante das duas entidades Paulo Roberto Iotti Vecchiatti escreveu as ações baseado em uma teoria do próprio STF de que racismo é qualquer ideologia ou conduta que pregue a inferiorização de um grupo social em relação a outro.

Será uma nova lei? Não. Homofobia e transfobia se enquadrariam na lei antirracismo, já existente.

Homofobia já não é crime? Não. Quando alguém se sente ofendido por sua orientação sexual ou identidade de gênero só pode fazer queixa apelando o crime de injúria. Caso haja agressão, o crime é de lesão corporal.

Se a proposta passar, homofóbicos poderão ser presos? Sim. E cumprir pena de um a cinco anos de prisão.

E se STF rejeitá-la? As ações pedem, nesse cenário, que os ministros pressionem o Congresso a criar uma lei específica.

Como vai ser o julgamento: O primeiro a falar será Vecchiatti. Depois, os amici curiae — ou amigo da corte, em latim–, que oferecerão informações para ajudar o tribunal na decisão. Na sequência, um representante da PGR (Procuradoria-Geral da República), que vai opinar sobre a legitimidade das ações. Por último, falarão e votarão os ministros.

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