Por:Zózimo Tavares
Segue a queda de braço entre o PT do Piauí e os partidos aliados em torno da chapa proporcional para as eleições deste ano. Os aliados querem o famoso chapão, com todos os partidos juntos. Os petistas bateram pé e querem marchar com chapa pura. A posição dos companheiros deixou o governador Wellington Dias entre a cruz e a espada.
Em função do impasse, foi adiada deste último final de semana para os dias 20 e 21 de julho o encontro regional do PT que baterá o martelo sobre a formação da chapa para a eleição de deputado. Ou seja, a decisão final sairá já na véspera da convenção, que será realizada no dia 22 de julho.
O PT tem três cadeiras na Assembleia Legislativa, ocupadas pelos deputados Francisco Limma, Fábio Novo e Flora Izabel. O partido calcula que com a chapa única saltará para cinco ou mesmo seis cadeiras no parlamento estadual.
PFL foi bom nisso!
A posição dos petistas, nesta questão, lembra muito o que houve na eleição de 2002 no Piauí. O governador Hugo Napoleão (PFL) concorria à reeleição. Em seu curto governo, prestigiou a Assembleia, chamando seis deputados do partido para o seu secretariado.
Acontece que, na hora da campanha, os deputados queriam ainda mais espaço no governo. Hugo foi firme: “Todos já estão muito bem locupletados”.
E continuaram assim. Hugo foi derrotado e todos os deputados que ocuparam secretarias renovaram seus mandatos.
Outro caso
Antes, nas eleições de 1994, os deputados do governo também focaram em suas próprias eleições e o inesperado aconteceu: o então ex-prefeito de Parnaíba, Mão Santa (PMDB), se elegeu governador, impondo uma vexatória derrota ao imbatível PFL.
Naquelas eleições, os pefelistas, com a máquina na mão, fizeram os dois senadores e 22 dos 30 deputados estaduais, mas perderam o governo. Humberto Reis da Silveira, decano da Assembeia Legislativa, saiu-se com esta:
– Fizemos o acessório e perdemos o principal.
Em sua defesa, o PT dirá que hoje os tempos são outros!