Quebrado, governo do Piauí pede R$ 8 bilhões de empréstimos enquanto deve até os terceirizados

O Governo do Piauí encaminhou à Assembleia Legislativa um novo pacote de empréstimos que soma cerca de R$ 8 bilhões, sendo R$ 4,98 bilhões pelo Banco do Brasil e outros US$ 600 milhões via BID, equivalentes a R$ 3,2 bilhões. Tudo em nome de obras, infraestrutura e “reestruturação de dívidas”. Mas enquanto busca bilhões nos bancos, o Estado não paga quem já trabalha para ele.

Terceirizados, prestadores de saúde, empresas contratadas, fornecedores e serviços essenciais enfrentam atrasos, incerteza e ausência total de perspectiva para dezembro e 13º salário. Muitos sequer conseguem participar de confraternizações nas repartições públicas porque não têm dinheiro para comprar um presente. A situação vai além de falta de gestão revela um Estado que recorre a grandes empréstimos enquanto aplica calotes silenciosos no cotidiano.

Pedir bilhões para “desenvolver” o Piauí faz pouco sentido quando o governo não honra o básico: pagar quem mantém a máquina pública em pé. Em vez de solução, o empréstimo pode ser apenas mais dívida. E uma conta que, no fim, sempre recai sobre os mesmos: os trabalhadores e prestadores que sustentam o Estado, mas recebem por último  quando recebem.(Silas Freire)

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