A “campanha da igualdade”

Por::Arimatéia Azevedo
O alvoroço foi grande após a publicação das regras que estabelecem os valores máximos que os candidatos poderão gastar na campanha eleitoral de 2016. Atento às reformas eleitorais, o advogado Miguel Dias Pinheiro escreve no Portal AZ: “Sem dúvida, estaremos na próxima campanha eleitoral vivenciando um momento político “sui generis” e, quiçá, muito importante para pelo menos minimizar (moralizar) os efeitos deletérios de uma campanha eleitoral milionária e que acaba por comprometer o processo político-eleitoral, incentivando e viabilizando o processo de corrupção para um futuro mandatário nos rincões do Piauí. Ninguém se iluda! Estaremos iniciando um momento determinante para quem pretende concorrer enquanto candidato nas próximas eleições. 
Na minha modesta opinião, será um teste de fogo para candidaturas ricas e humildes, máximo de candidatos a prefeito pelo interior do Brasil. É uma ilusão pensar que a eleição de 2016 poderá estimular o “caixa 2”. Qualquer candidatura ostensiva logisticamente denunciará o “caixa 2” e, portanto, será passível de cassação. Será também uma ilusão pensar que por “debaixo do pano” o empresariado deverá agir em favor de determinado candidato. Esqueçam isso! Ninguém vai se arriscar, porque o adversário estará de olho, de prontidão. Portanto, esqueçam campanhas ricas e comecem a reconhecer que teremos historicamente a primeira “campanha da igualdade”. Juristas, cientistas políticos, promotores e magistrados são da opinião de que o país viverá o pleito eleitoral mais “judicializado” da história da democracia brasileira por permitir que adversários, a qualquer sinal de gasto do opositor fora do padrão estabelecido e ilegal, acionem a Justiça Eleitoral. Será o fim da velha engrenagem de corrupção que alimenta o toma-la-dá-cá”.

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