Como diria Dilma, é de estarrecer sua intenção de consultar o Ministério Público antes de nomear qualquer ministro. E por vários motivos: primeiro, porque quem comanda o Governo é a presidente, não o procurador-geral da República. Segundo, porque o Ministério Público não é órgão de assessoria. Terceiro, porque a presidente tem, para assessorá-la, a Agência Brasileira de Inteligência, Abin, com agentes especializados, que deveria mantê-la informada sobre quem é quem.
E, por último, não precisava ter passado pelo vexame de levar um contra do procurador-geral Rodrigo Janot. Nem de tomar uma aula do ministro aposentado Joaquim Barbosa. ‘Há sinais claros de que a chefe do Estado brasileiro não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise (…) Ministério Público é órgão de contenção do poder político. Existe para controlar-lhe os desvios, investigá-lo, não para assessorá-lo’. (Carlos Brickmann)