Por: Arimatéia Azevedo
Vê só como não passa do discurso o apelo dos políticos para que o governador Wellington Dias faça profundos cortes na máquina pública; reduza os órgãos do governo e, enfim, enxugue ao máximo o corpo funcional. Porque, enquanto se tem informações da equipe econômica de que para governar é preciso reduzir o tamanho do Estado, a volúpia por cargos é sentida dentro do partido do próprio governador, o PT.
Esse e aquele deputado (ainda bem que são apenas cinco petistas) estão brigando para manter seu quinhão no governo, embora seja o PT a legenda que tem mais espaços na atual gestão, ocupando a melhores e maiores secretarias, de maior orçamento. Veja só: Secretaria de Fazenda (Rafael Fonteles), Sesapi (Florentino Neto), Seduc (Hélder Jacobina), Segov (Merlong Solano), Seplan (Antônio Neto), Sead (Ricardo Pontes), Sejus (Daniel Oliveira), SDR (Patrícia Lima- indicação deputado Limma), Secult (Fábio Novo) e Seid (Mauro Eduardo). O PT detém ainda o comando de órgãos de segundo escalão, como é o caso da Fundação Cepro, Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), Fapepi, Fundação Antares, Imepi, Coordenadoria da Juventude (Cojuv), entre outras.
Não é sem sentido se entender que o discurso pelos cortes de órgãos e cargos é pura falácia, a começar da proposta de redução da máquina feita pelo senador Ciro Nogueira 24 horas depois de reeleito, quando seu partido, o Progressistas continua com lagartas penduradas na folha de pagamento do Estado. Francisco Limma, deputado estadual reeleito pelo PT, também finca o pé para manter o domínio de sua capitania hereditária, a Secretaria de Desenvolvimento Rural e, além dela, quer muito mais, dada a sua densidade eleitoral. E, assim, pensam os demais aliados das diversas legendas, o que faz entender que o chefe do governo pouco ou nada avançará na prometida reforma administrativa. O cercam, lobos famintos e vorazes por cargos e poder.
