A hora do corte
Por: Arimateia Azevedo
O Estado do Piauí segue trôpego financeiramente. O recorrente atraso no pagamento a fornecedores de bens e serviços, as conhecidas dificuldades para garantir a folha salarial e as poucas perspectivas de que esse estado de coisas se altere positivamente, já deveriam ter levado o governador a chamar seus aliados para passar um recado amargo: as urnas lhe deram um novo mandato, mas a realidade lhe impõe usar uma faca em vez de uma caneta cheia de tinta para nomear a torto e a direito; para dar ordens de serviços de obras como se não houvesse amanhã, para garantir um paraíso administrativo.
Nada disso. A hora é de fazer uma redução drástica de despesas, passar a faca nesse magote de repartições públicas de utilidade duvidosa, mais afeitas a fazer obras eleitoreiras e gerar suspeitas de práticas nada republicanas, que a produzir um espaço de desenvolvimento sustentável para o Piauí.
O governador, infelizmente, ainda não deu sinais de que esteja interessado no imperativo da disciplina fiscal, que recomenda os cortes mais duros possíveis, para além de medidas já adotadas por ele, aliás, na área previdenciária e dos servidores, onde o rigor fiscal do seu governo é grande, coisa que não acontece quando foi para acomodar a ruma de aliados com os quais ele ganhou a eleição. Embora Wellington insista em dizer que esses órgãos não geram tanta despesa, a conta sempre chega e agora será preciso cortar, cortar e cortar ainda mais um pouco dessa gordura de órgãos eleitoreiros.
Fonte: Portalaz
Edição e publicação:blogdobsilva
