“A SAÚDE NO PIAUI” – VERSÃO WILSON MARTINS

                                                     O SAMU Aéreo
Em 2009 um
jornalista italiano acidentou-se na praia de Macapá, no litoral piauiense e,
levado para o hospital estadual Dirceu Arcoverde, de Parnaíba, recebeu alta com
o diagnóstico de que tinha fraturado a clavícula. Ao retornar imediatamente
para seu país, sentido fortes dores, os médicos de lá descobriram que sete
costelas do jornalista estavam quebradas e que a clavícula aqui diagnosticada
como fraturada, teve apenas uma leve luxação. Isso mostra a baixa
resolutividade dos hospitais públicos do Estado, situação que quatro anos
depois continua sendo a mesma, apesar dos esforços certamente empreendidos pelo
setor de saúde do Estado e das prefeituras. 
Bem próximo de Parnaíba, o hospital
de Buriti dos Lopes, considerado de porte razoável, encontra-se fechado. Esta,
aliás, não é uma exceção. Com um quadro desse tipo, onde a rede estadual e as
unidades de saúde dos municípios são incapazes de resolver problemas de menor
complexidade, não se vê justificativa – até prova em contrário – para o Piauí
dispor de um avião UTI para recolher pacientes. 
A iniciativa pode ser das mais
bem intencionadas, mas pode ocorrer com esse avião como as ambulâncias que
serviram de justificativa para que as prefeituras municipais se preocupem única
e exclusivamente em tirar os doentes de seus municípios, mandando-os para o já
abarrotado HUT na capital. O interior do Piauí dispõe de bons hospitais
localizados em cidades polos que precisam apenas funcionar. Desde que sejam
dotados de equipamentos e minimamente de equipes de profissionais para resolver
os problemas da população carente.
Por:Arimatéia Azevedo

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