El País: Marina Rossi
Assim que duas amigas de Dilma Rousseff encabeçaram uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para as viagens pelo Brasil da presidenta afastada, a meta foi rapidamente batida. Lançada na quinta-feira, 31 de junho, em 48 horas o objetivo de chegar aos 500.000 reais foi atingido. A meta poderia facilmente ser dobrada. Até o fim da tarde da última sexta-feira, uma semana após o lançamento da campanha, 710.000 reais, ou 142% da meta, haviam sido arrecadados.
Rapidamente, a oposição se movimentou questionando a legalidade da vaquinha. Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra o crowdfunding de Dilma Rousseff. Ele diz que a arrecadação é ilegal, porque, na verdade, é um instrumento de arrecadação para atividade partidária do PT que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem como averiguar. O senador se apoia na proibição que o TSE fez de que se realizem vaquinhas para as campanhas eleitorais, depois que o financiamento privado de campanha foi proibido pelo Supremo, no ano passado.
A campanha para as viagens de Dilma não é a única. Enquanto a Jornada pela Democracia arrecada fundos e a oposição brada contra a iniciativa, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou nesta sexta-feira a plataforma Voto Legal, que pretende legalizar a vaquinha para financiar as eleições municipais deste ano, que devem ter campanhas mais modestas em todo o Brasil
