A VOLTA DO DIÁLOGO

Por:Zózimo Tavares
O governo abriu um canal de negociação com o movimento Polícia Legal, que paralisou unidades da PM desde 29 de novembro. A primeira reação do governo foi pedir a prisão dos 15 líderes do movimento. No final de semana, negociou-se a suspensão das paralisações e o pedido de relaxamento da prisão dos policiais.
As negociações contaram com a participação dos deputados federais Silas Freire (PR) e José Rocha (PSDB-AC). Ontem, o procurador da Câmara, Marcos Vinícius, informou ter entrado com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça em favor dos PMs. No sábado, ele se reuniu com o secretário de Segurança, Fábio Abreu, e o presidente da Ordem dos Advogados, seccional no Piauí, Willian Guimarães, em busca de uma negociação com o governo.
“O governador chegou a propor que o movimento fosse suspenso por 72h para que se resolvesse a revogação das prisões. Isso foi feito em alguns batalhões no fim de semana e o prazo dado se encerra na terça-feira (8)”, revelou Marcos Vinícius. Ontem à tarde, o desembargador Joaquim Santana concedeu o habeas corpus em favor dos 15 líderes do movimento ameaçados de prisão. O desembargador Oton Lustosa, por sua vez, decretou a ilegalidade do movimento. 
O deputado federal José Rocha (PSDB-AC) avaliou que faltou bom senso por parte do governo e dos policiais. “A reivindicação é justa. Houve excessos, mas acima disso está a sociedade e é ela quem paga a conta. O governo atravessa um momento de crise, mas a forma como os PMs se manifestaram para pressionar o governador é legal, porque a viatura só pode sair se seguir o Código de Trânsito”, argumentou.
Os policiais paralisaram suas atividades sob o argumento de que trabalham em condições análogas à da escravidão. Em muitas unidades da PM, as viaturas estão com o IPVA vencido,  pneus em estado deplorável e pouco combustível, quando têm.
O comando do Polícia Legal explicou também que já foram colocadas na mesa de negociação, de maio para cá, todos os pontos que estão sendo questionados pela categoria. Os PMs reivindicam uma lei de organização básica. Também estão em busca da mudança no critério de promoção, uma condução mais justa do processo, já que hoje a escolha é baseada no apadrinhamento político. Outra queixa deles é quanto à jornada de trabalho e a sobrecarga de tarefas, tendo em vista que o efetivo é insuficiente. (Com informações do G1-PI)

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