A bancada federal do Piauí está assanhada com o aceno dado pelo Palácio do Planalto sobre a distribuição dos cargos federais nos Estados.
Mais uma vez, fica claro que a prioridade dos parlamentares é cargo, não obras. E também fica evidente que a bancada piauiense continua sem peso em Brasília. Enquanto a bancada não ganha, o Estado perde postos federais.
Lembra a palavra dada ao senador Elmano Férrer (Podemos), pelo ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que seria revista a decisão de desativar o Centro Regional de Operações da Chesf no Piauí?
A questão foi levantada pelo senador durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, no último dia 26 de março.
A mudança
No ano passado, a direção da Chesf anunciou a mudança do Centro, alegando a situação financeira da empresa e a tendência do mercado em reduzir os centros de operação do sistema.
O senador Elmano Férrer fez ver ao ministro, então, na audiência pública, que a transferência do Centro Regional de Operação da Chesf de Teresina para Fortaleza seria danosa ao Piauí.
Ele até argumentou que o Estado tem a Usina Hidrelétrica de Boa Esperança, construída há mais de 50 anos.
Além disso, o Piauí produz energia eólica e solar em abundância.
O ministro das Minas e Energia ponderou que a Chesf tem autonomia administrativa para tomada decisões, mas que iria acompanhar de perto a situação, anunciando que a extinção devia ser revista, sim.
Sem força
Pois bem! Tudo não passou de rebate falso. Ou, como se diz hoje, de uma fake news.
A Chesf comunicou oficialmente a integração do Centro de Operações sediado em Teresina com o de Fortaleza.
O Piauí vem se gabando de ganhar destaque em nível nacional por ser um dos Estados produtores de energia elétrica, eólica e solar.
Mas não teve energia política para segurar o Centro de Operações da Chesf, que funcionava no estado há mais de 40 anos!
Ou talvez tenha faltado interesse mesmo, pelo fato de o Centro ser meramente técnico.