Flávio Dino, governador do Maranhão, quer antecipar a fusão do PSB com o PCdoB para garantir o montante de 145 milhões de reais para tocar nas eleições, valor superior ao que é recebido por PSDB, DEM e PP, fortes partidos considerados do “centrão”, na tentativa de salvar candidaturas de sua ala ideológica.
De olho em 2022, a estratégia seria unir o máximo de representantes da esquerda num único partido para evitar um fracasso nas urnas. O mecanismo é o mesmo das siglas que lideram as bancadas federais e que garante influência política e econômica nas disputas.
“A esquerda poderá perder em todas as capitais brasileiras em novembro, diante dos pré-candidatos escolhidos até o momento. E esse grande fracasso poderá catalisar a criação de um novo partido e, talvez, ensaie uma união maior do campo”, disse ao Jornal O Globo.
A interlocutores, Dino chama o projeto de “MDB da esquerda”, pois acredita que poderá trazer para o novo partido vários nomes insatisfeitos com os rumos das suas próprias legendas. Um dos exemplos é o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ). (Feitosa Costa)