(Matéria exclusiva do Blog do B. Silva)
Por: H. Maranhão
Conhecido como o “Mestre do Suspense”, Alfred Hitchcock foi um dos mais cineastas mais famosos do mundo. Ele dirigiu 53 filmes ao longo de seis décadas de carreira. Mas, nem com sua mente criativa e acostumada a dirigir roteiros de muito suspense e terror, o britânico imaginaria um cenário tão tenebroso quanto o dos corredores do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda).

Agonia, superlotação, idosos ‘internados’ em cadeiras, seres humanos sendo tratados sem dignidade à espera de ajuda, desesperança e dor. Alfred Hitchcock teria facilmente um infarto diante daquele ‘quadro de guerra’, como bem definiu a deputada estadual Teresa Brito, em recente visita ao hospital parnaibano. Ela teve alteração de pressão e quase passou mal com o que viu. Só sendo uma pessoa muito fria, de ‘coração de pedra’, para não se abalar emocionalmente.
A fama do Heda é tão ruim em Parnaíba, e em todo o litoral do Piauí, que muitos pacientes ficam em pânico quando sabem que irão ser levados ao centro de saúde, após um acidente ou diante de um caso grave de saúde. Os horrores do Dirceu já foram amplamente repercutidos na imprensa regional, como erros médicos, o corriqueiro mau atendimento, corredores entupidos de pessoas, entre tantos outros problemas comuns e rotineiros àquele lugar.
O filme ‘Psicose’, um dos mais famosos de Hitchcock, parece brincadeira de criança perto do que se pode ver diariamente no Heda. Mas, mesmo com tantas incontestáveis evidências de falta de gestão, ainda há quem defenda que o Heda é um hospital de excelência e muito ‘humanizado’. Os que costumam defendê-lo nas redes sociais nunca passaram algumas horas nos corredores do hospital. Depois disso, vão mudar bem rapidinho sua opinião sobre o local.
Por mais que tentem melhorar a imagem do Heda em vídeos, textos e fotos, a realidade de lá costuma ser bem pavorosa. Quem não acha isso, é só fazer uma visitinha ao hospital.