Ano ruim

Por:Arimatéia Azevedo(*)

Se o ano de 2015 foi ruim, o primeiro semestre do ano que se sucede será pior. A assertiva é de Rafael Fonteles (Fazenda), diante da dificuldade que se coloca claramente: o Brasil vem de um ano recessão, com recuo do PIB em uns 4% e entrará em mais um período de expansão negativa da economia. Se o primeiro semestre de 2015 foi ruim, tanto pior será período equivalente de 2016, porque a economia estará recuando sobre uma base já diminuída, ou seja, é a queda e o coice. Como não há mágica em economia e dinheiro não se reproduz pelo desejo de quem o gasta, o jeito será apertar ainda mais os cintos, cortando ou sequer fazendo despesas que não possam ser cobertas pelas receitas correntes em baixa. Ainda assim, o secretário da Fazenda é otimista, por duas razões, pelo menos. A primeira é que garante para o primeiro trimestre de 2016 a entrada de um financiamento do Banco Mundial para investimentos – dinheiro que ultrapassa a casa dos R$ 1,1 bilhão. A segunda é que, amainada a crise política, poderá a economia retomar os trilhos no segundo semestre. Pode ser, mas convém olhar para a realidade em que há menos interesse em se investir no Brasil e mais em países onde a estabilidade econômica não está sujeita aos humores de um Executivo e um Legislativo reféns de suas próprias malfeitorias.

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