Após saída de piauiense do BNB, bancada busca compensação com a Codevasf

   Wellington conversa com o presidente da bancada, senador Elmano Ferrer 
A exoneração do presidente do Banco do Nordeste, o piauiense Nelson Souza, ainda causa constrangimentos para a bancada piauiense em Brasília. Na tentativa de reverter a imagem negativa criada para o parlamentares do Estado, a bancada se articula agora para conseguir indicar um nome para a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
De acordo com o governador Wellington Dias (PT), o Piauí lamenta a perda, mas caberá a bancada resolver o problema. “Nesse momento ocorre um entendimento via bancada em Brasília. Acredito que deverá ocorrer uma compensação via Codevasf”, revelou o petista durante participação em encontro realizado na Associação Piauiense dos Municípios (APPM) na manhã desta segunda-feira (11/05).
indicação do nome para a Codevasf deverá ser da cota do presidente nacional do PP, senador piauiense Ciro Nogueira. Nelson Souza é oficialmente uma indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas teve participação de direta do governador Wellington Dias e do deputado federal Assis Carvalho (PT).
Wellington Dias lamentou que a saída de Nelson Souza tenha ocorrido mesmo depois da bancada do Nordeste ter assinado um documento pedindo a permanêcia do piauiense. “Nesses últimos anos ele conseguiu feitos que nenhum outro presidente do Banco do Nordeste conseguiu. A bancada assinou o documento, eu assinei, mas não foi possível. Respeitamos a decisão da presidente Dilma, mas lamentamos”, disse.

Assis Carvalho em reunião da bancada na APPM Foto: João Alberto /O OlhoPRESSÃO DO PMDBO deputado Assis Carvalho (PT) negou que a presidente Dilma Rousseff (PT) tenha se tornado refém do PMDB como colocou o deputado estadual Fábio Novo (PT). Segundo ele, a base de sustentação da petista no Congresso Nacional foi eleita pelo povo. “Se o povo decidiu que o PMDB deveria ter a maior bancada, a presidente respeita a representatividade do partido. Mas não podemos falar que ela venha a ser refém. Isso é exagero. Existem negociações e os aliados são atendidos”, destacou.Assis Carvalho afirma que a saída de Nelson Souza da direção do Banco do Nordeste não deve ser vista como o fim do mundo. “Apesar do Nelson ser meu amigo pessoal, não posso falar que ele estava ali porque a bancada do Piauí indicou. A mesma coisa ocorre com seu substituto, Marcos Holanda, ele não é indicado do Ceará, mas do PMDB. O aliado pediu e a presidente atendeu”, declarou. (Lidia Brito)

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