Aprovação de piso não acaba a greve dos professores

Por:Zózimo Tavares
O Governo do Piauí nadou, nadou e corre o risco de se afogar no seco. A aprovação do novo piso do professor, aprovada ontem em regime de urgência na Assembleia Legislativa, por iniciativa do governo, não encerra a greve da categoria, deflagrada no primeiro dia de aula de 2012. Os ânimos ficaram ainda mais acirrados.

O projeto reajustando os salários dos professores foi aprovado com 8 votos contra e 18 a favor. A proposta desagradou aos professores por que, para atingir o valor do piso, de R$ 1.451, acabou com a regência, incorporada ao novo salário. A regência variava de R$ 230 a R$ 260. A relatora do projeto, deputada Belê Medeiros (PSB), explicou que o governo fez o que pôde.
Os deputados Marden Menezes (PSDB), Cícero Magalhães (PT), Evaldo Gomes (PTC), Firmino Filho (PSDB), João de Deus (PT) e Liziê Coelho (PTB), estes dois últimos da base governista, fizeram encaminhamento de voto contrário ao projeto do governo. Os parlamentares justificaram que o projeto governo retirou conquistas históricas dos professores, como a regência.
Marden Menezes apresentou um requerimento solicitando à Secretaria de Educação que envie para a Assembleia as prestações de contas do Fundeb de 2010 e 2011. Ele afirmou que “o Piauí vive um momento de crise profunda nos últimos dois meses, em razão da greve dos professores, que culminou com a perda do ano letivo para os alunos”.

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