O deputado federal Átila Lira (Progressistas) fez um pronunciamento em vídeo se posicionando sobre a polêmica envolvendo a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está previsto para ocorrer no mês de novembro. Ministério segue com cronograma mantido.
Mesmo a 6 meses da aplicação da prova, o assunto tem causado polêmica. Vários parlamentares solicitaram para que o Ministério da Educação que adie a data de aplicação do Exame. O motivo alegado pelos parlamentares é a dificuldade de boa parte de estudantes brasileiros que, com aulas suspensas em quase 80% da rede estadual de ensino em função da pandemia, não possuem Internet e recursos para assistir videoaulas e ter outros acessos que permitam uma preparação adequada para a prova. A preocupação com a manutenção do Enem envolve o risco de um maior agravamento das desigualdades educacionais pelo país.
Sobre o assunto, o deputado estadual Átila Lira defendeu a importância do Enem para os estudantes e entende que a pandemia do novo coronavírus afetou diretamente o calendário da aplicação das provas do exame.
“O Enem é o maior evento educacional do país. Ele envolveu no último ano cerca de 5 milhões de alunos, milhões de famílias além de um planejamento que envolve o ministério da educação e vários outros ministérios e de um aparato de logística incomum para o país. Todos sabem que o Enem, além de servir para o Sisu, para vestibular, para a seleção de cursos técnicos, ele também serve para o Fies e para o Prouni. Portanto é de uma importância fundamental para a educação e essa questão da pandemia termina influenciando a definição do calendário”, justifica o deputado.
O parlamentar defende que se deva esperar até o mês de julho para que se tome uma decisão definitiva sobre a manutenção ou adiamento do calendário já estabelecido, e entende que prorrogação da aplicação das provas não ultrapasse os 3 meses. “Se tiver uma alteração, ela será para uma data próxima. Se tiver alteração, ele [o calendário] vai de janeiro para fevereiro, mas o aluno não vai perder o vestibular de 2020”.