Por:Zózimo Tavares
Pelo visto, a própria base do governador Wellington Dias na Assembleia Legislativa não acreditava que fosse para valer a reforma administrativa anunciada por ele, na posse para um novo mandato.
A princípio, todos declararam apoio à diminuição da máquina, ao enxugamento da folha de pessoal e a outras medidas para reduzir os gastos do Estado.
Houve partido, inclusive, que se adiantou e chegou a assinar um manifesto defendo publicamente a reforma. No caso, o Progressistas.
Agora que a proposta do governador chegou à Assembleia, os deputados começam a tirar o corpo de banda.
O primeiro partido a pôr a proposta em xeque foi o MDB, que tem a maior bancada. A sigla já fincou pé contra dois pontos importantes da reforma: a extinção da Fundação Hospitalar do Piauí, que está nas mãos do partido, e o congelamento dos salários do funcionalismo por um ano.
O deputado Francisco Costa (PT), ex-secretário de Saúde, faz coro com o MDB contra a extinção da Fundação Hospitalar. Isso porque o PT teme perder espaço para o MDB, na Secretaria de Saúde, caso a extinção da Fundação venha a se efetivar.
O PT briga também para o governo não desmembrar a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) em duas, enquanto o PSD do deputado Júlio César luta pela divisão da pasta, a fim de que daí nasça, novinha em folha, a Secretaria do Agrogegócio para o partido.
Mesmo com maioria esmagadora na Assembleia, o governador ainda terá que gastar muita saliva para aprovar as mudanças, pois muitos deputados da base querem a reforma, mas desde que ela não mude nada.
