O feriado foi, mais uma vez, marcado por marchas contra a corrupção. Ocuparam as ruas de várias capitais do país e foram, em tese, organizadas pelas redes sociais. Algumas foram, inclusive, organizadas demais. A marca de todas foi a vassoura verde e amarela fazendo menção à faxina – iniciada por Dilma em circunstâncias mais políticas do que qualquer outra coisa e, logo depois, interrompida. Não foi à toa que o governo brigou contra o nome adotado pela imprensa. O “varre, varre vassourinha” tem histórico de mobilizar bastante gente.
Vai pagar quanto
A Lei da Ficha Limpa foi o ponto em comum das marchas contra a corrupção deste feriado. Os marcheiros querem a declaração de constitucionalidade da lei, tema que será discutido em breve pelo STF. Marchas à parte, a Ficha Limpa, de fato, coleciona inconstitucionalidades. Com tanto auê da opinião publicada, não é de se estranhar que a opinião pública defenda a lei na base do custe o que custar. Ao mesmo tempo, é de se esperar que o STF saiba que o custo de aprovar lei tão inconstitucional é alto demais para nossa democracia.