Nunca vi, em tão pouco tempo, uma instituição de tanta tradição, como é o Supremo Tribunal Federal, tropeçar no tocante à ética, à moral e aos bons costumes. Primeiro foi a decisão da união homoafetiva, contrariando a nossa Constituição; depois, a manutenção, em nosso País, de um terrorista renomado, com 4 homicídios — nossos jogadores de vôlei de praia foram até fustigados ontem, na Europa — ; e, agora, a decisão de ontem. Por 8 a zero, o Supremo Tribunal Federal também libera a conhecida Marcha da Maconha. Já que o nosso usuário não pode ser penalizado, as marchas, agora, com toda a certeza, se farão acompanhar de gente fumando maconha.
Do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), nesta quinta-feira (16/6/11) na tribuna, indignado com a decisão do STF de liberar a Marcha da Maconha, considerando-a um movimento pacífico e espontâneo em defesa da descriminalização do consumo da maconha. Para o STF, a Constituição brasileira garante a liberdade de expressão de pensamentos divergentes.
Observação da coluna: Se a liberdade de expressão deve ser plena, Jair Bolsonaro não poderá ser condenado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmra dos Deputados por suas manifestações antigay e antimaconheiros. A democracia é dialética. (foto:Mauro Sampaio/Acessepiaui)