Com a vida do presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro, ao Piauí neste sábado (15/10), muitos rumores circulam nos bastidores da política sobre quem irá receber a atenção do mandatário do Brasil.
Uma figura carimbada e que está por trás da visita do presidente é o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), mas a tentativa de aproximar os eleitores piauienses é tardia, durante o primeiro turno ele deixou de fazer palanque para o presidente no estado, para tentar eleger o candidato Sílvio Mendes, que também resolveu declarar seu apoio a Bolsonaro após perder para o petista Rafael Fonteles. Ciro de forma tímida pediu votos para o presidente em alguns atos do então candidato do PL, Coronel Diego Melo, ou em posts pelas redes sociais.
Quem de fato fez ações por todo o estado para Jair Bolsonaro foi a chapa do PL no Piauí, que hoje é liderada pela candidata não eleita a deputada estadual, Samantha Cavalca. Outra figura que percorreu por boa parte do estado e defendeu o presidente em debates foi o ex-candidato a governo no estado, Coronel Diego Melo.
Diego Melo dias antes das eleições desistiu da sua candidatura, após enfrentar diversas polêmicas durante sua campanha, dentre elas a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, do seu partido, pedindo voto para o candidato Sílvio Mendes (União Brasil). Na ocasião foi pego de surpresa ao descobrir que Bolsonaro não apoiava sua candidatura e sim a de Silvio. “O fato de o Presidente da República pedir votos para Sílvio Mendes foi lamentável, mas já está superado”, afirmou o então candidato.
O candidato do União Brasil por sua vez fez questão de negar o voto em Bolsonaro e até chegou a rejeitar seu apoio “Desconheço o presidente e não pediria apoio. O candidato dele é o Coronel Diego”, disse. Em outro momento chegou a afirma que não subiria no palanque do presidente “Não vou subir no palanque. Eu não faço qualquer coisa. Eu tenho muitos princípios. Quando eu estava no PSDB, até semana passada, eu disse para o candidato do meu partido, Dória, que não o acompanharia. Então, eu não vou me afastar dos meus princípios, das minhas crenças. O meu tempo, a minha dedicação vai ser ao estado do Piauí”, pontuou.
Tudo mudou após as eleições em recente entrevista onde Silvio Mendes voltou atrás e resolveu declarar apoio a Bolsonaro, perguntado porque ele só externou esse apoio agora, foi taxativo em dizer que se deu o direito de não fazê-lo no primeiro turno. No mesmo discurso, em contraste com esse argumento, Silvio disse que nunca foi omisso e sempre teve posição desde criança.
Silvio também foi questionado se não declarou apoio à Bolsonaro no primeiro turno por medo de perder votos. Respondeu que medo não faz parte do seu dicionário e reiterou que tinha o direito de não declarar voto a nenhum candidato à Presidência e que seu foco estava em mudar os indicadores do Piauí mas não foi compreendido pelo eleitor.
Junto com Silvio diversos outros candidatos eleitos e não eleitos passaram a se declarar bolsonaristas. Entre eles: Jeová Alencar, atual presidente da Câmara de Teresina, Joãozinho Félix, prefeito de Campo Maior, Joel Rodrigues, candidato não eleito para o senado e Iracema Portela, candidata não eleita a vice-governadora.
Iracema que durante a campanha fez de tudo para evitar associação da imagem ao governo de Bolsonaro, hoje é uma das cotadas para receber a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, nesta sexta-feira (14/10) no Piauí, podendo assim se destacar mais se comparada a líder regional do partido, Samantha Cavalca, que esteve ativa na campanha do presidente no estado.
Joel Rodrigues utilizou como uma justificativas para a sua tardia declamação de voto que o presidente aprovou “dezenas de leis” voltadas para as mulheres, que garantem sua proteção. Para Joel, algumas falas polêmicas de Bolsonaro, inclusive a respeito das mulheres, são incompreendidas.
Nessa novela mexicana que finaliza com a eleição do novo presidente do Brasil, mas que tem um capitulo importante no Piauí, quem receberá a maior quantidade de elogios, quem receberá as melhores falas, as melhores cenas, os principais tekes: quem pediu voto durante a campanha ou quem apareceu agora? (Davi Ribeiro/180graus)