Candidato do PT diz ouvir voz ex-prefeito falecido em 1996

 

Carlinhos Leal afirmou na convenção sentir e ouvir a voz do irmão morto em 96

O candidato a prefeito Carlos Augusto Leal Pinheiro, o Carlinhos Leal (PT), afirmou em discurso na convenção que homologou a sua candidatura, último domingo, que ouviu a voz do ex-prefeito César Leal, morto em 1996, e que agora retorna do além-túmulo, a lhe dizer que assumisse o desafio de continuar a administração da prefeita Patrícia Leal, filha do falecido. Carlinhos foi tesoureiro na administração do irmão César Leal que enfrentava índices desastrosos de desaprovação antes de ser morto em 11 de abril de 1996.

“… Ao mesmo tempo quando o deputado Warton Lacerda tava terminando, anunciando meu nome, eu senti que não estava só, eu senti que algo estava querendo me dizer, esse algo era o prefeito César Leal, dizendo ‘assuma Carlim, esse compromisso’, porque você tem que seguir o sangue Leal e continuar o trabalho da minha filha”, disse Carlinhos Leal. Veja vídeo aqui. O pronunciamento foi ironizado por parte considerável da população altoense

ASSASSINADO – César pensava em renunciar antes de ser morto; agora familiares usam seu nome exaustivamente em campanhas eleitorais

A família insiste em dizer que o ex-prefeito morto em 1996 sempre se manifesta a cada eleição. Em 2012 e 2016, a atual prefeita Patrícia Leal, também do PT, sobrinha de Carlinhos e filha de César, fez campanha usando o féretro do pai. Em palanques, ela dizia sentir a presença e ouvir a voz do falecido. Em algumas oportunidades, segundo relatos de altoenses, chegou a desmaiar diante da força do mundo invisível. Curioso é que o nome de César Leal seja utilizado de maneira exaustiva somente em períodos de campanhas eleitorais. Não se mostra nenhuma das obras que ele realizou.

Pouco antes do crime, Leal recebeu várias ameaças de morte por parte de agiotas e integrantes do crime organizado. Carlinhos Leal renunciou ao cargo alegando temer pela própria integridade. Teria sido parado por elementos do crime organizado na altura da localidade Carrapicho, BR 343, entre Teresina e Altos, que lhe teriam feito ameaças. Diante disso, abandonou o cargo e o irmão, que menos de dois meses depois foi morto barbaramente dentro da própria casa.(Toni Rodrigues)

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